Day: Agosto 11, 2025

Sueno de trenes de Dennis Joshnon

Uma lanterna no rosto de um ermitão: Sonhos de Trem, de Dennis Johnson

Em “Sonhos de Trem”, Dennis Johnson nos mergulha em uma América rural onde o brutal e o absurdo convivem com uma quietude enganosa, e a solidão do protagonista revela uma humanidade desgastada, quase selvagem. Longe do sentimentalismo, a prosa sóbria do norte-americano traça um retrato inquietante do desamparo, da animalidade e da fragilidade da consciência humana.

Clarice Lispector

Relva no Rio de Janeiro: A hora da estrela, de Clarice Lispector

Em “A hora da estrela”, Clarice Lispector retrata — com uma prosa despida e radical — a existência mínima e silenciosa de Macabeia, figura anônima cuja ignorância vital revela uma forma de ser mais autêntica que a de seus contemporâneos. Por meio de um imaginário de tons circenses e de um narrador que oscila entre a compaixão e a crueldade, o romance expõe com crueza a violência simbólica e material que o sistema exerce sobre os estratos mais baixos da camada social.